BASTIDOR >> PAULO MEIRELES BARGUIL

6ª feira de noite, depois da 22h, pouco antes do seu prazo acabar, ele começa a escrever.

 

Às vezes, traz alguma ideia e a crônica nasce sem maiores dificuldades.


Outra vezes, na maioria delas, olha para a tela em branco e procura, dentro de si, algo para compartilhar.


Faz uma varredura no dia, na semana...

 

O silêncio da vizinhança torna a missão mais fácil.


Suspira fundo, pois sabe que, daqui a alguns anos, não terá esse privilégio.

 

Mas o que importa, agora, é terminar a crônica e publicar.


O futuro é duplamente incerto: não se sabe a extensão, nem a qualidade.


As linhas vão sendo ocupadas e ele se sente mais tranquilo: conseguirá, mais uma vez, cumprir a missão.

 

Repetidamente: visualiza a prévia, revisa o texto, procura palavra repetidas e as substitui por sinônimos...


Com alguma frequência, constata que o título está inadequado e o modifica.


Após várias peneraidas sem resquício, a iguaria é servida.

Comentários

Jander Minesso disse…
Quem nunca, né?
E sim: revisar trocando palavras iguais é mandatório. Mas sempre sobram umas duas ou dez.
Nadia Coldebella disse…
Hahaha, pensei a msm coisa que o Jander, quem nunca?
Pelo menos vc não encontrou o silêncio das palavras...
Carla Dias disse…
Isso... Acontece... Abraço, Paulo!
Albir disse…
Às vezes parece que não vai sair nada, mas a experiência nos manda insistir. Muito bom, Paulo.

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