COHAB >> Fred Fogaça

 


Toda hora o sol se põe. Quanto cômodo tem pra gente brigar? Faz calor nos carros velhos e crianças de shorts. Você sabia da precisão do qu'eu pedi. A quitanda vende faltas básicas, os três por dez, o balançar de cabeça devagarinho dizendo opa com o canto dos olhos, mas não litrão, eu esqueci, por favor, umas a mais só. As cadeiras não pertencem se não às calçadas, os portões assim destrancados que a gente confia, os rumores rondam mais fácil. Para de gritar, os vizinhos vão te ouvir. Requintes baratos e quiçá medíocres e te digo: é uma bênção. Você não para de gastar dinheiro à toa. A casa branquinha, branquinha. Asseada. As panelas areadas no esmero de um hobby - porque é mesmo - uma toalha de galinhas de atravessado na mesa de vidro: eu encostado na cozinha, ela sentada lá na sala que também é uma copa, bem na frente na geladeira. A gente não tem tempo pra isso.
 
Obs.: essa e outras imagens usadas nas minhas crônicas são do meu instagram

Comentários

Zoraya Cesar disse…
Fred, nem sei mais o q comentar. De todas as suas excelentes, essa é uma das melhores. Perfeita. Na medida certa. Amei.
Nunca mais reclame de eu te chamar de Príncipe das Entrelinhas.
Sandra Modesto disse…
Gosto de minicontos. Cohab é um excelente miniconto. Gostei muito.
Já quero fazer uma coleção estampada com as imagens que veio na minha cabeça bora?

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