CUIDADO COM AS MÁSCARAS! >> Paulo Meireles Barguil

Na Antiguidade, de modo especial na Grécia e em Roma, as(os) atrizes(atores) usavam máscaras para enfatizar os papéis assumidos na história.


As máscaras cobriam todo o rosto (deixando buracos para os olhos, as narinas do nariz e a boca) ou a parte superior dele (com frestas para os olhos e as narinas do nariz).


Desde então, em múltiplos espaços-tempos, elas foram incorporadas a diversões rituais, sendo o Carnaval um bom exemplo.


No contexto italiano, o vocábulo persona (derivado do latim per sonare, que significa "soar através de") é um tipo de máscara que, além de dar a aparência desejada do papel de uma(um) atriz(ator), possibilita que as suas falas sejam ouvidas pela plateia.


Até pouco tempo, psicólogos, de modo especial Carl Jung, nos explicavam que todas as pessoas usam máscaras para (tentar) evitar demonstrar o que estão sentindo e pensando, bem como para revelar algo que não é verdadeiro.


As situações e os motivos para essa simulação amplamente vivenciada são diversos.


Para todos nós, aprender a mentir de forma convincente é uma questão de sobrevivência.


Para muitos de nós, aperfeiçoar a mentira é um projeto de vida.


Para poucos de nós, identificar a mentira é uma profissão.


Recentemente, médicos nos explicam que todas as pessoas precisam usar máscaras para (tentar) evitar  a propagação do novo coronavírus, conhecido como COVID-19.


Essa máscara, que tem vários modelos, precisa, ao contrário das suas ancestrais, cobrir integralmente o nariz e a boca, deixando os olhos livres, os quais podem ser protegidos com uma máscara protetora facial.


Para todos nós, usar máscara adequada é uma questão de sobrevivência.


Esse novo contexto trouxe um grande desafio, além do também necessário distanciamento social.


Considerando que o rosto expressa muitas emoções, como podemos identificá-las quando as pessoas as usam?


Mais do que nunca, o alerta é válido: cuidado com as máscaras!

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