CANCELAR >> PAULO MEIRELES BARGUIL

Você se prepara durante algum tempo.

 

O intervalo varia de acordo com o acontecimento.

 

Às vezes, por segundos, minutos, horas, dias.

 

Outras vezes, por semanas, meses, anos, décadas.

 

Vários aspectos influenciam na dedicação da pessoa para a dita ocasião.

 

Um é a importância, que costuma variar durante o percurso.

 

Outro é o grau de incerteza, pois pode ser que ela aconteça...

 

Caso se materialize, a forma também é ignorada.

 

E, de repente, o cancelamento acontece.

 

Seja interrompendo o fluxo, seja impedindo algo de ocorrer.

 

Ora celebrado, ora lamentado, ora amaldiçoado: ele provoca múltiplos afetos.

 

As emoções e os sentimentos mudam de acordo com o grau de reversibilidade da supressão, pois ela pode ser definitiva ou temporária, dos motivos que contribuíram para tal, bem como do envolvimento e da responsabilidade da pessoa com o que foi retirado.

 

Uma aula;  um passeio; uma compra; um show; a assinatura de uma revista, de uma operadora de telefone, de internet ou de uma televisão por assinatura...; um relacionamento; uma viagem; um concurso; a leitura de um livro; o preparo de uma refeição...

 

O menu é infinito.

 

Você já escolheu a sua próxima revogação ou quer pensar mais um pouco?

Comentários

Nadia Coldebella disse…
Já. As vezes é melhor pensar menos e fazer mais. Embora frustrante, o cancelamento pode ser muito útil.
Ah, concordo com a Nadia, mas tenho bastante dificuldade em tomar estas decisões...
Albir disse…
Já sofri muito com cancelamentos e mudanças de rumo. Hoje sou mais relaxado. Às vezes manter as rédeas muito firmes numa direção nos leva para o abismo.

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