ESQUECIMENTO >> PAULO MEIRELES BARGUIL

Olhando de longe, parece que ele segue decidido para alcançar o objetivo.


Olhando de perto, parece que ele não está buscando algo, nem o que procurar.


Deslembrado por quem lhe conhece, ele se sente.


Na verdade, ele esqueceu-se de si. 


O que lhe acomete, contudo, não é uma doença neurodegenerativa.


É o passado que permanece vivo, impedindo-o de estar (no) presente.


Um paradoxo feroz o aflige: largar o abandono...

Comentários

Nadia Coldebella disse…
Esse eu tive que ler duas vezes, por causa da densidade nas palavras.
Um texto forte, vai compor a minha coleção de textoterapia e vai me deixar pensando por alguns dias.
Bjo, vou ler de novo!
André Ferrer disse…
Pontos de vista, olhar relativo, enfim, a dependência de um referencial carregada pelos fenômenos. Isso me fascina desde criança. Às vezes, é só um pasmar, o que também depende de um referencial.

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