ABERRAÇÃO ATINGIDA >> whisner fraga
eu queria ignorar a notícia, fingir alheamento,
desde antes não creio mais na cordialidade generalizada,
nem específica,
mas essa violência explícita, infundada, que povoa as manchetes,
não estávamos preparados para ela,
nas nossas salas assépticas não havíamos experimentado o medo,
democratizaram o horror,
a tal ponto que ele pode nos alcançar,
não é mais a ficção dos telejornais, a desgraça distante, consumível,
agora ela atocaia, espera,
ouve o sinal das escolas, os passos nos pátios e mira a aleatoriedade do inofensivo,
mas somos realmente inocentes?,
será que a exposição retroalimenta a carnificina?,
o que desejam, além de nos proporcionar o espetáculo da ignorância, da incoerência?,
eles atolam a deep web de barbárie e de planos,
prometem invadir tudo, pilhar tudo, matar tudo, e, nessa roleta russa, não sabemos se seremos a cabeça diante da bala,
a guerra socializada,
eles conseguiram.
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imagem gerada no dall-e
Comentários
Na escola das minhas filhas colocaram segurança, armado e fardado. É chocante, a força contrastando abertamente com a fragilidade.
Está tudo muito estranho. Parecem os primeiros sintomas da doença. Uma espécie de febre q indica a ruptura real. Ou é um fato aleatório que ganhou enormes proporções que foi generalizado? Um acidente de avião é quase raro. Mas qddo acontece,todo mundo comenta.
Saber como, não é? Só sei que seu texto é inquietante.
Gde abç!