UMA SÉRIE E UM CACHORRO >> André Ferrer
Buck Rogers no Século 25 foi uma produção de ficção científica que eu adorava quando era criança. O projeto durou de 1979 a 1981, mas foi exibido pelas emissoras brasileiras até o final dos anos 1980, sendo reprisado até a exaustão.
A série conquistou fãs no mundo todo ao misturar ação e humor. Inspirada no personagem criado por Philip Francis Nowlan nos anos 1920, o programa foi estrelado por Gil Gerard como o astronauta do século 20, acidentalmente congelado no espaço e que despertou após 500 anos em um ambiente repleto de intrigas políticas, tecnologia avançada e ameaças extraterrestres. No Século 25, Buck Rogers é obrigado a enfrentar desafios para encontrar seu lugar.
IMAGEM: Mel Blanc deu voz ao robô Twiki (Universal) |
Apesar de seu apelo inicial, a série teve vida curta, encerrando-se após duas temporadas. A primeira temporada focou em aventuras espaciais e batalhas contra inimigos como os draconianos, liderados pela princesa Ardala, que frequentemente representava o lado vilanesco e sedutor da narrativa. Já na segunda temporada, a trama tentou se reinventar, explorando viagens em busca de novas civilizações a bordo da nave Searcher. Essa mudança, no entanto, resultou em um tom mais sombrio e na redução do charme original da série, levando à perda de audiência e ao seu cancelamento.
Mesmo com seu fim prematuro, essa produção da Universal deixou um legado na cultura pop, sendo lembrada pelo carisma de Gil Gerard no papel principal e pela forma como misturou ação, humor e romance em um cenário futurista. A série não só ajudou a consolidar a popularidade de adaptações de ficção científica para a televisão, mas também abriu caminho para outras produções do gênero nos anos seguintes. Até hoje, ela mantém uma base de fãs nostálgicos que celebram suas contribuições ao imaginário sci-fi.
No meu caso, ainda gosto das batalhas espaciais, que não perderam o seu charme. O modelo dos caças empregados por Rogers e Deering contra os draconianos tem um arrojo imbatível. Outro aspecto inesquecível é que o cãozinho da minha avó, nos anos 1980, foi batizado com o nome do robô, Twiki. Era um pequinês mestiço. Twiki acompanhou-me por toda a infância.
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