MENU >> Sergio Geia
Dou conta, não preciso de nutricionista, eu disse. E completei: ainda. O ainda muito mais pela consciência de que o envelhecimento muda o corpo, altera hormônios, o metabolismo mais lento, velhos problemas de DNA – data de nascimento antiga, mas, enfim, seria minha última tentativa.
A coisa complica um pouco à tarde; principalmente, noite. Tenho um fraco por sanduíche, esse de carrinho de rua, bojudão, tipo pão, maionese, hambúrguer, ovo, catupiry, presunto, molho, digamos nada gourmet, e bacon, claro, não pode faltar bacon, a Santa Teresinha à noite tem perfume de bacon.
Então, cansado do efeito sanfona, resolvi preparar um menu para o meio de tarde em diante, chamei o arquivo de opção 1, ajudado por uma colinha que consegui com o Alexandre (ele sim foi ao nutricionista) e adaptado por mim, para mim:
Segunda. Lanche da tarde: uma fatia de pão de forma integral com requeijão; meio mamão papaia com granola. Jantar: arroz e feijão (pouca quantidade), carne de panela, salada de alface. Terça. Lanche da tarde: uma fatia de pão de forma integral com queijo branco; melão. Jantar: salada e dois ovos cozidos. Quarta. Lanche da tarde: um pão francês com requeijão e café. Jantar: poke japonês. Quinta. Lanche da tarde: dois ovos cozidos; melão. Jantar: arroz, feijão, frango grelhado e salada. Sexta. Lanche da tarde: uma fatia de pão de forma integral com queijo branco; melão. Jantar: espaguete. Sábado. Livre (porque ninguém é de ferro). Domingo. Livre (idem).
Não tá perfeito, você concluiu. Certamente uma nutricionista tiraria o requeijão, talvez o arroz e feijão da noite, o pão francês, o espaguete, incluiria mais proteína, implicaria com meu final de semana, tá tudo bem. Como não há nutricionista aqui (será que não?), então respeitemos a vontade de quem manda (ainda): no caso, eu mesmo.
Semana passada passei sábado e domingo em Sampa, no apartamento da filha. Era sua formatura e espiei minha ex-mulher preparando um lanchinho: tapioca com banana. Minhas experiências com tapioca não foram as melhores, mas aquele lanchinho parecia apetitoso. Entendi como ela preparava, pedi algumas dicas.
Hoje é sábado e chegou a hora de preparar o cardápio da semana, opção 2, com direito a tapioca; a combinação com a banana para o meu paladar ficou perfeita.
Enfim, depois dos 50, emagrecer é gangorra, e comer com qualidade em tempos de ifood é para os fortes. Sem ser confiante demais, eu diria que não existem falhas em meu projeto. Só depende de boa execução e é aí que a porca torce o rabo.
P.S. Ano que vem digo se funcionou. Me cobrem.
Ilustração: Pixabay
Comentários
Você Sérgio nasceu para escrever sobre tudo e sobre todos
Adoro ler suas crônicas
Boas demais. Parabéns querido Sergio.felicidades sempre.
Eu acho que um ano é um prazo razoável, talvez valha considerar dois, porque vc sabe, hábito é uma coisa que demora pra pegar. Dizem 21 dias, mas acho que é 21 meses. No desespero, eu acho que vale o limão com o psylium do Jander.
Também cuida da cabeça, porque nesse mundo a gente sofre tanto, pra que se fazer sofrer? Esse é o tipo de pensamento que engorda, porque precisa de comida. Se bem que é verdade. Enfim, manda uma foto daquele sanduba. (certo, como nutri sou ótima psicologa)
abçs caloríficos