FICA PARA A PRÓXIMA >> Clara Braga
Hoje me ocorreu uma história ótima.
Essa história era tão boa, mas tão boa que eu logo pensei: preciso contar essa história, seria egoismo demais guardar algo de tamanho encantamento só para mim.
Então, comecei a escrever a história mentalmente para, dentro de instantes, chegar aqui e contar para o máximo de pessoas possíveis.
Enquanto estava no primeiro parágrafo, escrevendo mentalmente enquanto preparava a lancheira do meu filho, precisei parar e ajudá-lo a pesquisar sobre uma lenda do Pará, pois ele tinha tarefa de casa para entregar na aula que começaria em 20min e tinha esquecido.
Repassei o parágrafo que estava escrevendo rapidamente em minha mente, só para não esquecer, e sentei com ele para ajudar. Quando terminamos, o outro filho começou a chorar com fome. Fui amamentar, então ele fez cocô enquanto mamava, a fralda vazou, ficamos eu e ele sujos, tomamos banho, coloquei ele para dormir, coloquei a roupa para lavar, respondi mensagens de trabalho e, finalmente, sentei para passar para o papel (o computador no caso) a incrível história que eu tinha para contar.
Foi então que percebi que a única coisa que restara de uma das histórias mais encantadoras que eu tinha para contar foi a sensação de que ela era mesmo uma história muito encantadora.
Por isso, hoje, tudo que eu tenho para dizer para vocês é que descobri que Pirarucu na verdade era um indígena muito egoísta e vaidoso que, após muitas maldades, foi castigado por Tupã, mas Pirarucu não se abalou e ainda riu de Tupã. Então, Tupã ordenou que outro Deus jogasse raios em Pirarucu. Mesmo assim, ele não se arrependeu de suas maldades, então foi transformado em um peixe e levado para o fundo do rio, de onde nunca mais saiu.
Interessante né? Não é uma lenda tão encantadora quanto seria minha história, mas achei legal.
Depois meu filho ainda chegou da escola com medo de usar o banheiro sozinho, pois uma coleguinha achou que seria legal compartilhar com a turma a lenda da loira do banheiro, mas essa eu tenho certeza que vocês já conhecem, então vou poupá-los dessa lenda que não é nem encantadora, nem interessante.
Espero que no nosso próximo encontro aqui eu já tenha me recuperado da minha amnésia materna e possa compartilhar minha história encantadora.
Até a próxima.
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Gde bjo!