NARRADORES IMAGINÁRIOS >> André Ferrer

Na era da inteligência artificial (IA), a criação de mitos na internet está ganhando um novo protagonista: os algoritmos. Anteriormente, os mitos eram forjados por narrativas humanas, mas agora a IA está assumindo o papel de contadora de histórias, gerando lendas digitais de forma autônoma.

Algoritmos de IA vasculham vastos bancos de dados e analisam padrões de conteúdo para criar mitos cativantes. Ao identificar temas populares e elementos emocionalmente envolventes, esses algoritmos produzem histórias que ressoam com as audiências online, muitas vezes sem a intervenção humana direta.

IMAGEM: PxHere


Essas narrativas geradas por IA podem variar de contos de fantasmas modernos a lendas urbanas contemporâneas, explorando temas como tecnologia avançada, inteligência artificial rebelde e futuros distópicos. A capacidade da IA de compreender e manipular nuances culturais e emocionais permite que ela crie mitos que se tornam viralmente populares na internet.

No entanto, essa tendência não está isenta de controvérsias. Críticos alertam para o potencial de disseminação de desinformação e manipulação por trás desses mitos gerados por IA, levantando questões sobre ética, responsabilidade e controle humano sobre a narrativa digital.

À medida que a IA continua a evoluir, o fenômeno da criação de mitos online por algoritmos provavelmente se tornará ainda mais prevalente, desafiando nossas noções tradicionais de autoria e criando uma nova fronteira para a interação entre humanos e tecnologia.

Comentários

Zoraya Cesar disse…
O q me apavora é q já temos uma tendência a nao aceitar a realidade, somos intrinsecamente escapistas, gostamos da pílula azul. O q me apavora ainda mais é que a AI não se contenta em nos mandar mais do que gostamos, ela, maliciosamente, nos faz gostar até do que, inicialmente, nem gostaríamos.
Carla Dias disse…
Se o ser humano não melhorar seu relacionamento com a tecnologia...
Jander Minesso disse…
Seria o advento da Desinteligência Artificial?
Soraya Jordão disse…
O que será de mim que sou do tempo da carta, do livro físico, da obra feita por gente?
Ai que medo... para o mundo que eu quero descer!
Albir disse…
Isso me assustava quando eu lia muito menos na ficção científica. Mas achei que viria muitos anos depois de eu ter passado por este mundo. Agora volta a me assombrar na vida real.

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