DICA >> JANDER MINESSO
Conforme deprecado por alguns dos mais ilibados mestres na arte da Escrita, o segredo para um texto mais poderoso pode ser cindido em duas premissas igualmente fundamentais. A primeira postula que, independentemente da trama tecida pelo léxico do autor, é mister que sua pessoa, enquanto força criativa, coloque como condição sine qua non da própria escrita o compromisso de exercer a Arte com absoluta franqueza para consigo. Igual importância reside também na inexorável necessidade de utilizar a linguagem – esta ferramenta e veículo do conteúdo – da maneira mais explícita, manifesta e inteligível que sua perícia for capaz de entregar.
Ou, colocando de uma maneira quiçá menos rebuscada: ao transferir suas quimeras para o suporte midiático escolhido, tome por base assuntos ou pontos de vista que sejam parte de um universo interior vivaz. De mais a mais, compreenda tal fato como a necessidade de abordar questões capazes de suscitar emoções lhanas no autor enquanto este derrama suas ideias sobre o papel ou equivalente. Há que se considerar também a relevância ímpar de buscar uma linguagem tão pouco elíptica quanto possível, com vistas à plena assimilação dos tópicos celebrados. O foco deve ser aquele que se encontra no extremo final do continuum da comunicação, vulgo receptor.
Ou então, simplificando o conceito: ao transformar suas ideias num código escrito, procure fazê-lo abordando em seu debate assuntos cujas premissas ressoem com um brutal ímpeto interior, tão forte que possa propelir sua escrita adiante por sua única e exclusiva potência. Outrossim, evite volutas textuais e ornamentos demasiado barrocos, focando na acessibilidade ao leitor e no discurso objetivo.
Outra maneira de entender tal conceito seria: crie seus textos abordando sensações, temas e fatos nos quais você deposite toda a fé do seu ser. Ademais, busque o máximo de simplicidade e objetividade possíveis.
Ou ainda: escreva sobre aquilo que você acredita e seja o mais claro que puder.
Resumindo: seja sincero e não enrole.
Imagem: Pixabay
Comentários
Ratifico.
Como eu, você se filia à corrente majoritária; ou não rsrs.
Bela sacada, meu amigo.
Curioso pensar que seria um texto interessante pra avaliar o nível de interpretação dos vestibulandos da FUVEST que ocorre exatamente hoje.