UMA INFÂNCIA TURBULENTA >> whisner fraga
acho a inteligência artificial inteligente, contrariando aí alguns especialistas no tema,
e vai ficar muito mais, podem anotar,
e em pouco tempo, podem anotar, também,
estou utilizando uma dessas danadas para narrar alguns contos: escolho uma voz, a entonação, a velocidade, faço ajustes, digito (ou colo) o texto e pronto,
antigamente, há uns nove ou dez meses, a coisa não estava assim,
a leitura ainda não é perfeita, mas está quase,
calculo aí mais dois meses, se tanto,
tem até uma ferramenta de clonagem: você pede autorização para alguém, essa pessoa fala alguma coisa em torno de um minuto você alimenta o aplicativo, e, bam: em minutos o programa assimila tudo, o estilo, o sotaque, o timbre,
daí você digita qualquer trecho, pede para o algoritmo converter e será como se aquela pessoa do parágrafo anterior estivesse falando,
claro, já estão usando isso em diversos crimes,
o que dizer dos desenhos, então?,
pinturas?, toda a arte pictórica?, música?, vídeos?,
e, olha, uso apenas ferramentas que têm como base a palavra escrita,
há muito mais por aí, mas bem mais,
o ponto é que a inteligência aprende rapidamente,
muito mais do que nós conseguimos,
não entendo profundamente do assunto, mas, para mim, o modelo de aprendizagem de uma ia é parecido com o nosso, até porque é baseado no modo de pensar do ser humano,
ela busca inspiração em milhares de modelos existentes e, a partir deles, cria,
talvez (neste momento) algo nem tão novo quanto um homem seria capaz (hoje), mas cria,
e isso será aperfeiçoado em pouquíssimo tempo,
a inteligência artificial não é burra e, em breve deve tomar o lugar de muita gente, a preços bem mais em conta (o que, para o capital, é um sonho),
não é que tenhamos de descartar a tecnologia,
mas precisamos educá-la,
principalmente agora, que está atravessando uma infância tão turbulenta.
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imagem: limewire.
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