CARROS >> SERGIO GEIA
Não tenho repertório sobre o assunto.
Causa-me até enfado conversas do tipo.
Na década de oitenta, na rua de minha avó, com onze anos, eu olhava os carros que passavam: Chevette, Corcel, Brasília, Kombi, Maverick, Fusca. Conhecia bem aquelas carroças, como eles foram adjetivados por um ex-presidente.
Mas o tempo passou e meu conhecimento foi polvilhado pela oferta grandiosa de marcas no mercado.
Além disso, nunca fui um apaixonado.
Digamos que para mim, carro serve como meio de locomoção: levar daqui até ali e vice-versa. Então basta um veículo qualquer, que faça isso bem, um bom motor, sem grandes luxos.
Ontem à tarde, porém, minha falta de repertório foi alçada a outro patamar: sou um analfabeto.
Tenho um Onix 2016. Até pensava em trocá-lo este ano, mas, por motivos óbvios ($), adiei. Quando resolver trocar, será um problema: não tenho a mínima ideia de que carro escolher.
Na estrada, avistei um modelo interessante. Linhas modernas, traseira bonita, pensei sim, este carro eu gostaria de ter. Não conseguia identificá-lo por ignorância, e porque andava longe.
Acelerei. Adivinha a surpresa? Um Onix, igual ao meu, mais novo, claro. Eu ri sozinho.
Realmente um ignorante, incapaz de identificar o próprio carro.
Ilustração: Pixabay
Comentários
Jander, vc é engraçado até nos comentários hahahaha ri muito
Fica difícil ser perito de comida sem sal.
Gde abço