SUSPENSÃO >> Fred Fogaça
Acordou livre, novamente, abriu os olhos em horário despretensioso pro teto bem pintado - seguia o cronograma solar de cada estação, a janela sempre aberta, o perigo sempre longe, pago pra ficar no asfalto, na cidade das pessoas comuns, no mundo de afazeres que não tinha, inclusive olhava notificações sem ansiedade e bem pouco, só até se virar, de pés no chão, o sono pesado, a vida silenciosa: é que acordou livre, novamente, e isso lhe deixava triste.
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