ALGUMAS DISCUSSÕES QUASE INÚTEIS >> whisner fraga

 

mesas-redondas sobre privatizações: há muitos especialistas no tema, parece que recentemente mais ainda,

acompanho os argumentos e tendo a discordar de todos, em nome de uma certa incoerência, que prezo,

nada, sobre este assunto, é completamente bom ou inteiramente ruim, importante reconhecer o meio-termo das coisas, nossa natureza,

ademais, o que pode ser razoável para um, não necessariamente será para outro,

tento exemplificar: até ano passado, durante nossa caminhada matinal, na zona norte, mais especificamente no horto florestal, uma vez nos embrenhamos por uma ladeira, com destino à pedra grande, que, como o nome sugere, é uma enorme rocha no alto da serra da cantareira, de onde se vê boa parte da capital,

a pernada foi boa e a recompensa melhor, considerando nosso apreço pela paisagem,

esta semana, após vários meses, voltamos a frequentar o parque e, no quarto dia de exercícios, decidimos que gostaríamos de voltar lá em cima, rever a megalópole do alto,

daí, no pé do trajeto, nos deparamos com um portão, um guarda e, pior, uma placa indicando alguns valores para quem quisesse seguir dali: um pedágio,

sabíamos da concessão, não da cobrança,

íamos em três e isso representava um valor significativo, 

deliberamos pela meia-volta,

após expor o ocorrido, posso voltar ao problema inicial: por um lado a situação foi ruim, pois fomos impedidos de seguir até o destino inicial e, por outro lado, foi boa, porque nos poupamos de um cansativo exercício.


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imagem: pixabay, sem atribuição requerida.

Comentários

Albir disse…
O pedágio divide os humanos em bem-vindos, que podem pagar, e os outros, que voltam do portão. É questão de mérito.
Zoraya Cesar disse…
Que bom ver vc assim, otimista, Whisner. Vendo o lado melhor das coisas e ter levado a situaçao de boas. Pq eu, lendo aqui, fiquei chateada demais. Não que não se deva cobrar para ajudar na preservação e para servir de estímulo educacional (tem gente q só respeita aquilo que paga), mas pelo preço, q deve ser bastante alto, a ponto de nao valer a pena q 3 pessoas de uma mesma família entrem. Disparate e abuso econômico, como sempre fazemos aqui. Ou seja, vai afastar quem realmente se interessa pela natureza e atrair quem nao está nem aí, mas pode pagar. Afe!
Nadia Coldebella disse…
Eu não sou nada otimista com coisas que barram a possibilidade de contemplar o belo, pois quem pode ser dono da beleza que a natureza proporciona? Entendo o pedágio para o cuidado com estruturas, como estradas, p. ex.Mas eu não teria a mesma perspectiva que vc. Contemplar a cidade com certeza seria meu prêmio pela caminhada e confrontar um portão e uma cobrança seria extremamente frustrante!

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