DEZEMBRO >> Sergio Geia
Dezembro já foi mais bonito, pelo menos pra mim. Havia magia, as pessoas bobas de alegres. Virou mês comum, às vezes até melancolia bate; talvez saudades do belo de ontem. Acho que dezembro perdeu a beleza... Ou serão meus olhos agora inaptos a enxergá-la?
Hoje enviei um zap pra Adriana Cristina de Campos, minha amiga, que aniversariou. Assim como o Julio Cesar Prado Santos, que fez anos na outra semana, mandei com atraso. Ainda bem que Adriana tem presença de espírito, disse que é sagitariana, que sagitariana comemora 3 dias, que eu estou no prazo. Gosto da Adriana por ser assim e talvez esse gostar tenha me feito colher palavras doces do meu jardim das letras para expressar o sentimento. Eu disse: “Que você tenha momentos de tranquila felicidade, muitos; que experimente as profundas belezas que a vida proporciona.”
Tranquila felicidade. Depois que mandei o zap fiquei a meditar. Felicidade precisa arrebatar, desnortear, arrancar do eixo? Talvez isso seja paixão, que também faz bem. A felicidade tem contornos de suavidade. E embora a vida seja dura, por vezes amarga e dolorosa, há momentos de profunda beleza que trazem felicidade; que esses momentos se multipliquem para a Adriana; e pra gente.
Ora, estamos em dezembro, e se dezembro não é mais o mesmo, ou se não sou mais o mesmo e o veja diferente, não importa. Importa é que esse mesmo sentimento que me fez querer dizer coisas bonitas para a Adriana, me move agora para escrever para vocês, para agradecer a companhia em mais um ano, para lhes desejar um Feliz Natal e um excelente recomeço, num mundo, pelo menos o nosso mundinho daqui, com esperanças renovadas — a terra voltou a ser redonda?
“Que vocês tenham momentos de tranquila felicidade, muitos, neste Natal e no novo ano que virá; que experimentem as profundas belezas que a vida proporciona.”
Espero encontrá-los ano que vem, aqui, no Crônica do Dia. Saio de férias. Nas próximas duas quinzenas este espaço será ocupado pelo Coletivo com o projeto “Crônica de Um Ontem” e com a parceria do Crônica com a Revista O Bule. No final de janeiro, eu retorno. Até lá.
Ilustração: Pixabay
Comentários
Mas eu gosto da ideia de felicidade tranquila, que é daquele tipo que preencher a gente inteiro e permanece mais tempo.
Te desejo essa, um natal com luzes brilhantes, um ano novo onde haja recomeços de verdade e férias em que vc possa repousar e voltar cheio de histórias pra contar.
Gde abç!
E obrigado pela disponibilidade da parceria.