A CONSCIÊNCIA IMUNDA DESSES MOLEQUES >> André Ferrer
O 23 de novembro foi marcado por um protesto, na China, feito por trabalhadores de uma empresa chamada Foxconn; a que produz o tão cobiçado e exibido iPhone. Uma balbúrdia, de fato, em Zhengzhou, que cresceu e se tornou um protesto sem precedentes na China.
Existe a alegação de que a empresa não honrou os salários firmados no contrato e que, depois — ainda por cima —, mudou o documento. Escravidão terceirizada, em plena volta da Covid-19 — e com força — à China e ao resto do mundo. Tudo para que moças e moços exibam os seus aparelhos — cujos similares, aliás, também produzidos na Ásia, não chegam nem à metade de um quarto do preço daquele. Ainda que, igualmente, escravizem pessoas.
Uso um Samsung bem xumbrega. Não sei que tipo de insanidade leva, ainda, as pessoas a acreditar no lado mais fantasioso das marcas. O iPhone não é produzido nos EUA e, muito menos, pela Apple, numa fábrica linda, com arquitetura clean, construída no Vale do Silício. Ora, sequer os seus atributos mais práticos e revolucionários — apresentados há algumas edições — escapam às versões concorrentes mais baratas.
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