VAMOS NOS EXERCITAR >> whisner fraga

 

gostaria de circular de bike pela cidade,

é uma coisa meio nostálgica, já que, durante minha infância, utilizei muito este transporte,

ia à escola, à padaria, supermercado, futebol, à casa de amigos,

ia só andar, mesmo, brincar,

sem neura, porque acidente era algo inimaginável e, de fato, jamais acontecia,

era um negócio bem cobiçado, lembro que meu irmão prometeu dois anos de viagens sem reclamações à mercearia, todos os dias, se ganhasse uma monareta nova,

claro, a danada aportou no quintal de casa, mas jamais chegou perto de qualquer empório,

aqui, neste megalópole, com uma malha de ciclovias risível, não dá para arriscar,

ainda que as ruas não sejam planas, percebo que muitos têm vontade de pedalar, mas a maioria tem medo,

discuto com um entendido: como retirar carros e inserir bicicletas no cenário árido das ruas?,

não há resposta, mas desconfio que passe pelo poder público,

pelas lideranças municipais, estaduais, federais,

por incentivos (sobretudo financeiros), por mais pistas exclusivas,

por uma boa estratégia de marketing,

a cidade intransitável atrai cada vez mais carros,

muito pouco contra estas máquinas, mas se está tudo tão insustentável, se está, insustentável, se

está um calor aqui

e pouca gente anda de bicicleta.

Comentários

Albir disse…
Lembro da gritaria em São Paulo contra as ciclovias do Haddad.
A mudança precisa acontecer primeiro na cabeça das pessoas.

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