TUDO RESOLVIDO >> André Ferrer
Hoje, no momento em que você lê esta crônica, todos já sabem. De DiCaprio ao “nosso” representante no Oscar, tudo resolvido.
No que se refere à animação “O menino e o mundo”, ontem, 28 de fevereiro, domingo, 20:45 horas, permaneciam as minhas dúvidas. Uma vez mais, era a temática social da obra que me colocava uma pulga atrás da orelha.
Desde 1963, quando “O pagador de promessas” foi indicado (mas perdeu para a produção francesa “Sempre aos domingos”), todos os nossos longas indicados trouxeram, no fundo, aquela mensagem sociológica que, se ajuda na indicação, não tem força suficiente na etapa seguinte: a decisiva.
Será que os realizadores do cinema nacional só conseguem grana para produções desse tipo?
“O menino e o mundo” e “Central do Brasil” (1999) contam a mesma história da criança em busca da figura paterna. Suas peripécias habitam uma terra cheia daquelas misérias de que já nos cansamos de ver nos noticiários.
Não tardará e os estrangeiros também se cansarão.
Antigamente, o Brasil tocava de outra maneira o imaginário dos gringos. De uns tempos para cá, graças à falsa decolagem da nossa economia (originada no populismo) e, ainda, por causa da onda de corrupção amplamente coberta pela mídia internacional, percebe-se uma significativa mudança. O clamor do exotismo, sempre vago e feérico nos panfletos das agências de turismo, cede lugar a constatações bem realistas.
Toda vez que o meu país está em jogo, torço como qualquer brasileiro. Nesta segunda-feira, enquanto você lê esta crônica, estando ou não tudo resolvido em Los Angeles, não deixa de ser assim.
No que se refere à animação “O menino e o mundo”, ontem, 28 de fevereiro, domingo, 20:45 horas, permaneciam as minhas dúvidas. Uma vez mais, era a temática social da obra que me colocava uma pulga atrás da orelha.
Desde 1963, quando “O pagador de promessas” foi indicado (mas perdeu para a produção francesa “Sempre aos domingos”), todos os nossos longas indicados trouxeram, no fundo, aquela mensagem sociológica que, se ajuda na indicação, não tem força suficiente na etapa seguinte: a decisiva.
Será que os realizadores do cinema nacional só conseguem grana para produções desse tipo?
“O menino e o mundo” e “Central do Brasil” (1999) contam a mesma história da criança em busca da figura paterna. Suas peripécias habitam uma terra cheia daquelas misérias de que já nos cansamos de ver nos noticiários.
Não tardará e os estrangeiros também se cansarão.
Antigamente, o Brasil tocava de outra maneira o imaginário dos gringos. De uns tempos para cá, graças à falsa decolagem da nossa economia (originada no populismo) e, ainda, por causa da onda de corrupção amplamente coberta pela mídia internacional, percebe-se uma significativa mudança. O clamor do exotismo, sempre vago e feérico nos panfletos das agências de turismo, cede lugar a constatações bem realistas.
Toda vez que o meu país está em jogo, torço como qualquer brasileiro. Nesta segunda-feira, enquanto você lê esta crônica, estando ou não tudo resolvido em Los Angeles, não deixa de ser assim.
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