E TUDO MUDOU... >> CLARA BRAGA
O australiano nem imaginava. Ou até imaginava, já que ser surfista tem o possível encontro com tubarões como lado perigoso da profissão. Mas deve ser uma daquelas coisas que a gente vê acontecendo com os outros e acha que com a gente nunca vai acontecer. E ai, quando perguntado sobre o que ele sentiu quando saiu do ataque ileso, a resposta não podia ser outra: “Nasci de novo!”
Parece clichê, mas nós, que nunca passamos por uma situação parecida, não estamos aptos a julgar. A sensação deve ser exatamente essa, um novo nascimento. A gente fica apenas acreditando que de fato deve existir uma força maior, seja lá no que você acredita, que “salva” a gente quando ainda não chegou a nossa hora.
Aliás, essa história da hora certa também é um outro clichê com o qual a gente se depara o tempo todo. Até como forma de consolo quando o final não é tão feliz quanto no caso do surfista, afinal, quem somos nós para questionarmos as atitudes da tal força maior? Se ela salva, deve saber muito bem quando não é exatamente a hora de salvar, pelo menos é o que a gente espera.
O casal que se salvou do tsunami pois estava mergulhando e nem sentiu a onda passar, o homem que foi tirado com vida do navio que havia afundado já tinha uns dias, as pessoas que sobreviveram ao ataque ao World Trade Center, enfim, são todas histórias surpreendentes que contrastam com mortes inesperadas e aparentemente bobas, como aqueles jogadores de futebol que estavam bem, jogando normalmente, e morreram em campo. A única explicação possível? Chegou a hora de uns e a de outros não!
Todos os casos são tão curiosos, chamam tanto a atenção, que logo viram filmes e lotam salas de cinema com pessoas que se debulham em lágrimas sem nem saberem explicar exatamente o que as faz chorar tanto. Pois bem, eu, uma chorona nata, tenho uma teoria. Tem um outro clichê que faltou falar nessa história toda: a percepção do quão frágil nós somos. Na minha opinião, é exatamente isso que nos toca tanto nesses casos de perigo extremo. Ficamos com uma sensação de urgência, de que temos que realizar logo nossos sonhos, parar de perder tempo com besteiras, correr atrás do que nos faz feliz, afinal, não sabemos do dia de amanhã.
Felizmente, algumas pessoas ainda não perderam a capacidade de se colocar no lugar do outro e se sensibilizarem com as histórias a ponto de refletirem sobre a própria vida. Para todos os outros, basta apenas rezar para que não tenham que sentir na pele a sensação de quase morte ou novo nascimento para entenderem que a vida é muito curta para perder tempo com o que não se deve.
Parece clichê, mas nós, que nunca passamos por uma situação parecida, não estamos aptos a julgar. A sensação deve ser exatamente essa, um novo nascimento. A gente fica apenas acreditando que de fato deve existir uma força maior, seja lá no que você acredita, que “salva” a gente quando ainda não chegou a nossa hora.
Aliás, essa história da hora certa também é um outro clichê com o qual a gente se depara o tempo todo. Até como forma de consolo quando o final não é tão feliz quanto no caso do surfista, afinal, quem somos nós para questionarmos as atitudes da tal força maior? Se ela salva, deve saber muito bem quando não é exatamente a hora de salvar, pelo menos é o que a gente espera.
O casal que se salvou do tsunami pois estava mergulhando e nem sentiu a onda passar, o homem que foi tirado com vida do navio que havia afundado já tinha uns dias, as pessoas que sobreviveram ao ataque ao World Trade Center, enfim, são todas histórias surpreendentes que contrastam com mortes inesperadas e aparentemente bobas, como aqueles jogadores de futebol que estavam bem, jogando normalmente, e morreram em campo. A única explicação possível? Chegou a hora de uns e a de outros não!
Todos os casos são tão curiosos, chamam tanto a atenção, que logo viram filmes e lotam salas de cinema com pessoas que se debulham em lágrimas sem nem saberem explicar exatamente o que as faz chorar tanto. Pois bem, eu, uma chorona nata, tenho uma teoria. Tem um outro clichê que faltou falar nessa história toda: a percepção do quão frágil nós somos. Na minha opinião, é exatamente isso que nos toca tanto nesses casos de perigo extremo. Ficamos com uma sensação de urgência, de que temos que realizar logo nossos sonhos, parar de perder tempo com besteiras, correr atrás do que nos faz feliz, afinal, não sabemos do dia de amanhã.
Felizmente, algumas pessoas ainda não perderam a capacidade de se colocar no lugar do outro e se sensibilizarem com as histórias a ponto de refletirem sobre a própria vida. Para todos os outros, basta apenas rezar para que não tenham que sentir na pele a sensação de quase morte ou novo nascimento para entenderem que a vida é muito curta para perder tempo com o que não se deve.
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