SÃO OITO DA NOITE NO CENTRO >> Fred Fogaça

 



Desci de pijamas - café ruim, quase oito da noite. Os jornais tocam baixo no meu sono, mesmo que lá fora vai e vem assim, a chapa quente ainda, um pra-lá-e-pra-cá por trás do balcão. Sai um pastel de carne, só tem queijo ou carne, mesmo. Quase oito e a refeição descansa finda na mesa longe, no balcão aguardo descer devagar o café ruim, descer através do sono; do vai e vem por trás do balcão. Seu Tadeu é meu único amigo nesse descampado, mas me retiro dessas longas horas de acessas que ainda tem essas luzes brancas e um sem acabar no copo. Quem sabe amanhã.

Comentários

Zoraya Cesar disse…
Fred, nem vou me estender muito, são 8 da noite aqui também, sem café, com sono e sua crônica desceu como uísque sem gelo de um trago só. Amei demais! Aliás, não vou me estender pq gostei tanto que nao quero estragar com palavras.
André Ferrer disse…
Fred, qualquer tempo "presente" é um descampado. Este seu texto é isso.

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