SÃO OITO DA NOITE NO CENTRO >> Fred Fogaça
Desci de pijamas - café ruim, quase oito da noite. Os jornais tocam baixo no meu sono, mesmo que lá fora vai e vem assim, a chapa quente ainda, um pra-lá-e-pra-cá por trás do balcão. Sai um pastel de carne, só tem queijo ou carne, mesmo. Quase oito e a refeição descansa finda na mesa longe, no balcão aguardo descer devagar o café ruim, descer através do sono; do vai e vem por trás do balcão. Seu Tadeu é meu único amigo nesse descampado, mas me retiro dessas longas horas de acessas que ainda tem essas luzes brancas e um sem acabar no copo. Quem sabe amanhã.
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