COERÊNCIA >> Paulo Meireles Barguil
Aprendemos o que vivemos, sentimos, degustamos com todo o corpo, e não somente o que é recebido por um dos sentidos.
É por isso que a máxima "Faça o que eu falo, mas não faça o que eu falo." não funciona.
Se o equilíbrio fosse apenas entre o discurso e a ação, seria fácil.
Porém, nessa equação, também comparecem o sentimento e o pensamento, tornando a resolução daquela um desafio inqualificável.
A todo instante, cada indivíduo tem a missão de resolver a configuração que se apresenta.
As situações conhecidas costumam receber respostas automáticas, pouco importando a adequação dessas.
Quando, contudo, a circunstância é inusitada, abre-se a possibilidade e a necessidade de elaborar uma manifestação, a qual pode ser inédita.
Nesse momento ocorre no organismo uma indescritível profusão de hormônios e descargas elétricas, com fluxos e polaridades múltiplas.
Quem é que sabe disso e ainda acredita em coerência?
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