RAIVA >> Paulo Meireles Barguil
Ela está em todas as listas das emoções básicas humanas.
Embora todos estejamos geneticamente habilitados para vivenciá-la, há aspectos sociais que influenciam a quantidade e a qualidade da ocorrência dela, tanto na motivação, como na expressão.
Apesar de ela exprimir a insatisfação da pessoa com algo, não é adequado, simploriamente, considerá-la negativa, pois ela pode ser canalizada para a transformação da situação que a causa.
A frequência e a intensidade dela impactam diretamente na qualidade de vida: a adrenalina e o cortisol, liberados quando ela ocorre, diminuem, respectivamente, a nossa capacidade de interpretar, em várias perspectivas, o ocorrido, bem como a sensação de bem-estar, pois reduz a serotonina.
O cotidiano é repleto de armadilhas, internas e externas, conscientes ou não, que podem, a qualquer momento, propiciar a ocorrência dela.
A polarização, qualquer que seja ela, é uma ótima detonadora, motivo pelo qual é recomendado evitar aquela: a impossibilidade de sempre evitá-la não invalida o conselho, muito pelo contrário!
Eu sei: não é fácil evitar a arenga com quem está sempre lhe provocando, deliberadamente ou não.
Você acredita que está fazendo a sua parte quando ignora a outra pessoa?
Lamento lhe informar que a sua atitude pode, paradoxalmente, inflamá-la ainda mais, aumentando o grau de animosidade dela.
Acredito que somos capazes de transformar os chicotes, físicos, verbais e psicológicos, em laços amorosos.
E você?
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Como dizem os farmacêuticos, a diferença entre o remédio e o veneno é a dosagem.