SEGREDOS >> Paulo Meireles Barguil
"Que mistério pode haver
na lágrima de uma mulher
Quando abre os seus segredos?
Que momentos de aflição há
Quando abre os seus segredos?
Que momentos de aflição há
no tremor da sua mão
Onde esconde os seus medos?"
Onde esconde os seus medos?"
(Guilherme Arantes, Lágrima de uma mulher)
Quem não os tem?
Eles se dividem em duas categorias.
Na primeira, estão aqueles que somente você sabe, os quais não partilhamos porque, muitas vezes, se originaram de situações que, de alguma forma, lamentamos os frutos e, por isso, nos envergonhamos.
Há, também, aqueles que foram gestados na nossa imaginação, quando interpretou os acontecimentos de um modo desfavorável para nós e, assim, nos encolhemos e tentamos nos esconder...
De vez em quando, por uma conjunção de fatores, decidimos mudar alguns sigilos para a segunda categoria e partilhamos com alguém que acreditamos ser merecedor de nossa confiança.
Essa personagem costuma ser conhecida, mas, às vezes, a dor, a angústia é tão grande que desabafamos com quem nunca vimos e veremos de novo.
Quando o conjunto de sabedores do ocorrido alcança mais de duas pessoas, o oculto ultrapassa o inexistente limite de segurança e se aproxima perigosamente dos bits noveleiros.
Nem tudo que se oculta é de natureza desagradável, pois podemos esperar uma ocasião propícia para revelar algo que nos enche de júbilo.
Vou contar algo para você... eu tenho vários segredos!
Nem tudo que se oculta é de natureza desagradável, pois podemos esperar uma ocasião propícia para revelar algo que nos enche de júbilo.
Vou contar algo para você... eu tenho vários segredos!
E você?
[Mangal das Garças – Belém]
[Foto de minha autoria. 31 de março de 2006]
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