COMPAIXÃO >> Paulo Meireles Barguil
"Apesar de tudo, Jesus dizia:
'Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo!'”
Lucas 23, 34
Depois de várias chicotadas físicas e emocionais, Cristo, embora fragilizado, permaneceu firme.
Em meio à máxima dor, Ele continuou a nos ensinar.
Somente a Luz consegue ver, através do corpo, singelo véu, a alma.
O vício de julgar o outro expressa, cristalinamente, o quão cindido está o censor, embora ignore tal fato.
É por esse motivo que Jesus, sem cessar, orvalha sobre nós gotas de compaixão.
Somente quem acolhe a si pode abraçar o outro, ao invés de afastá-lo.
A mão, antes tão célere para apontar e destruir, agora, apressa-se para aconchegar e cuidar.
A língua, outrora demasiada áspera, converte-se em ondas sedosas.
A origem e o destino de todos nós é o mesmo: AMOR.
Que privilégio é mergulhar, enfim, nesse oceano.
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