MAIS UMA PASSEATA >> Whisner Fraga
Como não achamos passagem aérea a preços razoáveis e como tínhamos de conhecer o sobrinho de dois meses, resolvemos encarar os seiscentos quilômetros de distância de carro mesmo. Claro que viajar na melhor rodovia do país ameniza todo o stress que a direção pode causar, principalmente quando vencemos longos percursos. O paulista adora dizer que tem as melhores pistas do Brasil a seu dispor. Não é mentira. Mas a que custo?
Os valores dos pedágios na Bandeirantes, na Anhanguera, na Castelo Branco, na Ayrton Senna, são abusivos. Gastamos, de São Paulo a Uberlândia, aproximadamente cem reais. É muito dinheiro. Claro que isso se deve ao modelo de concessão do estado, que foi malfeito às pressas. Os paulistas, normalmente cidadãos de classe média, no mínimo, não se queixam. Pagam com gosto, pois podem se deslocar com segurança e conforto. Ora, eu gostaria de segurança e conforto a preços justos!
O que estou tentando explicar é que a conta invariavelmente cai nas costas do consumidor, mas não há muito o que fazer quando esse mesmo consumidor aceita pagar, passivamente, o preço. Claro que reclama no Facebook, mas não vai às ruas por tão pouco. Normalmente as ruas servem para reivindicar abstrações: “fora presidente”, “volta ditadura” e assim por diante. Não queira que se encontrem grandes debates em uma passeata.
O que não quer dizer que o povo se tornou menos informado. Lembram-se do Collor, quando milhares de adolescentes mal sabiam o que acontecia e foram, caras pintadas, fazer história? Há motivos para uma boa discussão: o sistema de segurança do país e dos estados (recentemente algumas cidades da grande São Paulo foram alvo de chacinas), o projeto pessoal de vingança de Eduardo Cunha, as quebras das promessas de campanha da presidenta, as implicações que a volta dos militares ao poder trariam, a reforma política.
Mas a população em geral continua mal informada. Porque usa meios suspeitos para se manter a par dos fatos. Assim, os boatos se disseminam ferozmente. Isso sim, talvez com mais eficácia que nos anos 1980 ou 1990. Se até pessoas sérias, intelectuais, caem na armadilha de não checar informações antes de disseminá-las! Prova disso é a quantidade de pessoas que foram pegas na história do bebê que ficou cego com flash. O antídoto é simples: usar o google para confirmar as notícias que caem em nossas redes de conhecimento antes de tomá-las como verdades. Partindo dessa ação simples, quem sabe um dia conseguiremos abaixar os preços dos pedágios?
Os valores dos pedágios na Bandeirantes, na Anhanguera, na Castelo Branco, na Ayrton Senna, são abusivos. Gastamos, de São Paulo a Uberlândia, aproximadamente cem reais. É muito dinheiro. Claro que isso se deve ao modelo de concessão do estado, que foi malfeito às pressas. Os paulistas, normalmente cidadãos de classe média, no mínimo, não se queixam. Pagam com gosto, pois podem se deslocar com segurança e conforto. Ora, eu gostaria de segurança e conforto a preços justos!
O que estou tentando explicar é que a conta invariavelmente cai nas costas do consumidor, mas não há muito o que fazer quando esse mesmo consumidor aceita pagar, passivamente, o preço. Claro que reclama no Facebook, mas não vai às ruas por tão pouco. Normalmente as ruas servem para reivindicar abstrações: “fora presidente”, “volta ditadura” e assim por diante. Não queira que se encontrem grandes debates em uma passeata.
O que não quer dizer que o povo se tornou menos informado. Lembram-se do Collor, quando milhares de adolescentes mal sabiam o que acontecia e foram, caras pintadas, fazer história? Há motivos para uma boa discussão: o sistema de segurança do país e dos estados (recentemente algumas cidades da grande São Paulo foram alvo de chacinas), o projeto pessoal de vingança de Eduardo Cunha, as quebras das promessas de campanha da presidenta, as implicações que a volta dos militares ao poder trariam, a reforma política.
Mas a população em geral continua mal informada. Porque usa meios suspeitos para se manter a par dos fatos. Assim, os boatos se disseminam ferozmente. Isso sim, talvez com mais eficácia que nos anos 1980 ou 1990. Se até pessoas sérias, intelectuais, caem na armadilha de não checar informações antes de disseminá-las! Prova disso é a quantidade de pessoas que foram pegas na história do bebê que ficou cego com flash. O antídoto é simples: usar o google para confirmar as notícias que caem em nossas redes de conhecimento antes de tomá-las como verdades. Partindo dessa ação simples, quem sabe um dia conseguiremos abaixar os preços dos pedágios?
Comentários