20 MINUTOS >> Paulo Meireles Barguil
Se o que você está fazendo é legal, 20 minutos são uma brisa: suave e fugaz. Quando você começa a desfrutar o evento, ele acaba.
Se, todavia, a atividade não lhe é prazerosa, 20 minutos são um tornado: violento e demorado. Você tenta de tudo para apressar o fenômeno, mas ele parece que irá durar para sempre.
Em 20 minutos, dá para dançar com alguém (ou sozinho mesmo!), tomar banho de piscina ou de cachoeira, ouvir algumas músicas preferidas, tomar sorvete com 3 bolas e cobertura, conversar com quem se gosta, andar de bicicleta, ler algumas páginas de um livro, passear na beira do mar, assistir trechos de um filme...
Cada pessoa tem um relógio, que funciona de acordo com lembranças – inclusive, e principalmente, as esquecidas! – e sonhos.
Nessa perspectiva, uma pessoa é um portal, que liga, sem cessar, o passado ao futuro.
Desconfio que, na verdade, nem existe passado e futuro, mas um eterno presente...
O que você faria se tivesse agora 20 minutos?
Eu escrevi essa crônica.
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