PARA AMAR, PACIÊNCIA >> Mariana Scherma
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Seu pai e eu quase choramos de tanto rir agora porque...
Foi
assim que minha mãe começou uma conversa telefônica comigo dia desses. Eu vou
ser sincera, parei de ouvir a conversa no “porque” e comecei a pensar comigo
mesma enquanto minha mãe contava sobre a crise de riso. Meus pais estão casados
há uns 33 anos, pra mais... E eles têm
crise de riso juntos, várias até, daquelas de ver uma cena na tevê, relembrar a
piada interna deles e rir. Rir gostoso, sabe? Mais de três décadas juntos e isso.
Caramba! E pensar que tem casamento que acaba na lua de mel...
Até
um tempo, eu pensava que viver um amor era questão de sorte. Depois, um pouco
derrotada, comecei a achar que amar era para aqueles que não se bastam sozinhos
e precisam se sustentar na companhia do outro. Hoje, penso um pouco diferente. Voltei
a ter fé no amor. Acredito na parcela de sorte, afinal, o mundo é um lugar
muito lotado, com muita gente chata, encontrar um fulano legal, divertido,
levemente inteligente e por quem você sinta tesão é uma tarefa pra alguém
incansável e... com sorte. Você pode apostar eternamente na Mega-Sena e nunca
ser sorteado, oras. Mas acho que grandes amores também são construídos na
paciência. Um pouco de sorte, muito de paciência.
É
que por mais que a sorte esteja ao seu lado, esse romance pode não evoluir nada
sem as infinitas vezes que contamos até cem ou um milhão. A gente tem mania,
opiniões políticas contrárias, gostos pra séries diferentes, fé e quase nada de
fé. Sem contar o tênis no meio da sala, a toalha molhada na cama, a preguiça
eterna de consertar o que se quebrou há mais tempo ainda. Minha mãe e meu pai
venceram tudo isso. A paciência entre eles, às vezes, atinge o volume morto,
mas sempre chegam as chuvas de crise de riso pra fazer novas reservas de amor brotarem.
A
gente adora assistir às histórias de amor do cinema, mas se esquece de olhar ao
redor. Falo por mim. Já chorei diversas vezes com Julia Roberts e sua turma de
mocinhas apaixonadas. Mas hoje brotou uma lágrima aqui e a história é real. Tem
um mocinho bem-humorado que correu atrás da mocinha durona. Passagem de 30
anos. Tem um homem ranzinza e bem-humorado, uma mulher firme nas suas
convicções, que detesta bagunça. Vira e mexe, eles se estranham. Mas não se
separam porque são amigos, têm crise de riso juntos e não veem a hora de contar
para o outro a última que aconteceu no trabalho. The end.
Comentários
É verificar que existem algumas incompatibilidades e alguns gostos completamente diferentes, mas estar disposto a fazer alguns sacrifícios para agradar a outra pessoa.
Observação: como escreve crônicas, acredito que pode considerar você como escritora, então recomendo que use o português formal, não o oral. Para ficar um texto mais prazeroso.
Seu texto aborda de forma interessante um assunto causador de grande repercussão em pessoas de todas faixas etárias,o amor.
Mesmo estando em uma sociedade em que os jovens vem valorizando cada vez menos essas pequenas ações que causam grande felicidade, como ter alguém para fazer sorrir e estar sempre ao seu lado até o fim da vida,seu texto nos faz refletir que o amor não está perdido,pois, ainda existem mesmo estando quase em minoria as pessoas que valorizam e praticam esses atos,pessoas que nos dão essa tal “Esperança” citada no titulo de que o amor ainda existe no coração de muitos.
Lindo comentario !
Essa crônica nos mostra que detalhes sutis como paciência, compreensão e sorrisos podem fazer uma grande diferença dentro de um relacionamento.
Enfim, sua percepção tão sensível, nos faz respirar fundo, fechar os olhos e imaginar como seria um dia, viver com um amor assim.
O amor verdadeiro não depende somente da paciência entre os parceiros, mas também do hábito da conversa, que na minha opinião é um meio muito importante.
Hoje em dia está difícil de seguir um relacionamento sério, alguns casais atualmente já não praticam a conversa entre eles, as brigas ocorridas entre o casal, deixa claro que não é nada fácil.
Então é isso, Mariana sua crônica está execente .
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