ÁRVORES, FILHOS E LIVROS >> Paulo Meireles Barguil
Voltei!
Sim, eu já estive aqui.
Não foi numa vida passada, mas no passado da atual, embora eu esteja desconfiando que ambas são a mesma coisa...
Quando aqui estive pela última vez, há cerca 13 anos e meio, escrevi sobre a máxima popular que diz que toda pessoa, antes de morrer, deve plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro.
Considerando que o Crônica do Dia fez 15 anos em novembro de 2013 e que eu comecei a escrever para ele pouco tempo depois do seu nascimento, sou um escritor pré-histórico desse site.
São vários motivos que me levaram a abandonar esse oceano digital e outros tantos que me fazem a ele retornar.
É bem verdade que, conforme Heráclito nos ensinou há 2.500 anos, não é possível entrar no mesmo mar duas vezes, seja porque o banhista mudou, seja porque as águas fluíram.
O mais importante é que, apesar de (e graças à) tudo o que me aconteceu, o meu DNA resistiu e cá estou para continuar a narrar minhas estripulias...
Há um pouco mais de 3 anos, eu conversei com São Pedro na entrada do céu. O diálogo foi mais ou menos assim:
– Sou o Paulo Meir... – eu comecei a falar, logo após chegar.
– Não precisa dizer. O meu tablet tem um aplicativo de reconhecimento facial. Um momentinho, por favor – solicitou o Anfitrião.
Alguns após segundos, que pareceram uma eternidade, o som das arpas cessou:
– Estou verificando que você não plantou a árvore – falou ele, sem levantar o olhar.
– É verdade, São Pedro. Mas eu tenho dois filhos e escrevi dois livros. Posso entrar? – indaguei, apreensivo quanto ao meu futuro.
– Não há exceção para a regra. Você não pode ser aceito aqui sem plantar a árvore. Volte e faça o que está faltando! – respondeu, virando as costas para mim.
Eu, claro, nem ousei discutir com o Porteiro!
Acredito que ele está muito ocupado, pois até hoje não fui convocado para explicar o motivo de não ter feito o solicitado.
Espero que São Pedro não leia essa crônica. Afinal, ele poderia me chamar para me dar um carão ou me enviar para outro destino...
Sim, eu já estive aqui.
Não foi numa vida passada, mas no passado da atual, embora eu esteja desconfiando que ambas são a mesma coisa...
Quando aqui estive pela última vez, há cerca 13 anos e meio, escrevi sobre a máxima popular que diz que toda pessoa, antes de morrer, deve plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro.
Considerando que o Crônica do Dia fez 15 anos em novembro de 2013 e que eu comecei a escrever para ele pouco tempo depois do seu nascimento, sou um escritor pré-histórico desse site.
São vários motivos que me levaram a abandonar esse oceano digital e outros tantos que me fazem a ele retornar.
É bem verdade que, conforme Heráclito nos ensinou há 2.500 anos, não é possível entrar no mesmo mar duas vezes, seja porque o banhista mudou, seja porque as águas fluíram.
O mais importante é que, apesar de (e graças à) tudo o que me aconteceu, o meu DNA resistiu e cá estou para continuar a narrar minhas estripulias...
Há um pouco mais de 3 anos, eu conversei com São Pedro na entrada do céu. O diálogo foi mais ou menos assim:
– Sou o Paulo Meir... – eu comecei a falar, logo após chegar.
– Não precisa dizer. O meu tablet tem um aplicativo de reconhecimento facial. Um momentinho, por favor – solicitou o Anfitrião.
Alguns após segundos, que pareceram uma eternidade, o som das arpas cessou:
– Estou verificando que você não plantou a árvore – falou ele, sem levantar o olhar.
– É verdade, São Pedro. Mas eu tenho dois filhos e escrevi dois livros. Posso entrar? – indaguei, apreensivo quanto ao meu futuro.
– Não há exceção para a regra. Você não pode ser aceito aqui sem plantar a árvore. Volte e faça o que está faltando! – respondeu, virando as costas para mim.
Eu, claro, nem ousei discutir com o Porteiro!
Acredito que ele está muito ocupado, pois até hoje não fui convocado para explicar o motivo de não ter feito o solicitado.
Espero que São Pedro não leia essa crônica. Afinal, ele poderia me chamar para me dar um carão ou me enviar para outro destino...
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