O DIÁLOGO >> Carla Dias >>
O que mais vem me impressionando nessas eleições é o comportamento de alguns cidadãos brasileiros, os reais detentores do poder de mudança que tortamente defendem. Ofensas são jogadas ao vento sem a menor preocupação sobre a quem elas vão atingir. Opiniões pessoais são tratadas como verdade irrefutável, o que somente colabora com a intolerância.
Dizem que é melhor não se falar sobre futebol, política e religião, porque sempre dá briga. Na verdade, acho que temos mais é de puxar a cadeira e nos aprofundarmos nesses assuntos, já que eles afetam diretamente as nossas vidas. O problema não é discutirmos sobre eles, mas fazê-lo impondo nossas certezas e atuando como provedores de monólogos, não participantes de um diálogo.
É essencial que aprendamos a conversar sobre assuntos complexos, que nos afetam como indivíduos e cidadãos, no pessoal e no coletivo, sem nos armarmos com a ideia de que não há outra saída, além daquela que é apresentada. Antes de chegarmos ao irrefutável, é preciso analisar as possibilidades, estejam elas de acordo ou não com a nossa versão da verdade ou do desfecho esperado.
Disseram-me que é utopia das brabas pensar que podemos chegar a algum lugar apenas com o diálogo, como se a única saída fosse recorrer aos pontapés. Eu sei que o cenário político é dos menos aprazíveis, assim como sei que, se não nos tornarmos eleitores mais sábios e justos, se não pararmos com a violência verbal e de batermos no peito gritando “você não sabe de nada, eu é que estou certo!”, continuaremos a colocar o nosso destino nas mãos da sorte. E por mais que eu acredite que uma boa parte do que nos acontece seja oriunda da sorte, não consigo aceitar que essa parte - a que temos poder de modificar e o dever de defender - perca-se em meio a nossa incapacidade de defender o que nos é de direito: uma política da qual o país e os seus cidadãos se beneficiem.
O primeiro passo rumo a uma mudança política positiva, pode ser aceitarmos que a nossa realidade não é única, que nós não somos os únicos nessa jornada. Somos mais de 200 milhões e temos o que dizer e o que escutar. Temos de ponderar.
Dizem que é melhor não se falar sobre futebol, política e religião, porque sempre dá briga. Na verdade, acho que temos mais é de puxar a cadeira e nos aprofundarmos nesses assuntos, já que eles afetam diretamente as nossas vidas. O problema não é discutirmos sobre eles, mas fazê-lo impondo nossas certezas e atuando como provedores de monólogos, não participantes de um diálogo.
É essencial que aprendamos a conversar sobre assuntos complexos, que nos afetam como indivíduos e cidadãos, no pessoal e no coletivo, sem nos armarmos com a ideia de que não há outra saída, além daquela que é apresentada. Antes de chegarmos ao irrefutável, é preciso analisar as possibilidades, estejam elas de acordo ou não com a nossa versão da verdade ou do desfecho esperado.
Disseram-me que é utopia das brabas pensar que podemos chegar a algum lugar apenas com o diálogo, como se a única saída fosse recorrer aos pontapés. Eu sei que o cenário político é dos menos aprazíveis, assim como sei que, se não nos tornarmos eleitores mais sábios e justos, se não pararmos com a violência verbal e de batermos no peito gritando “você não sabe de nada, eu é que estou certo!”, continuaremos a colocar o nosso destino nas mãos da sorte. E por mais que eu acredite que uma boa parte do que nos acontece seja oriunda da sorte, não consigo aceitar que essa parte - a que temos poder de modificar e o dever de defender - perca-se em meio a nossa incapacidade de defender o que nos é de direito: uma política da qual o país e os seus cidadãos se beneficiem.
O primeiro passo rumo a uma mudança política positiva, pode ser aceitarmos que a nossa realidade não é única, que nós não somos os únicos nessa jornada. Somos mais de 200 milhões e temos o que dizer e o que escutar. Temos de ponderar.
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