ATITUDE – RECLAMAÇÃO = FELICIDADE
>> Mariana Scherma
Sempre olhei torto para as pessoas que, pra puxar uma conversa, decidem que vão reclamar de qualquer coisa. É bem curiosa a cabeça de alguém que pode citar 3089 fatos fofos (dos melhores memes da Copa à mágica que é dormir nos dias mais frescos, passando pelo céu iluminado do dia), mas prefere reclamar de qualquer coisa: da dor de cabeça, do salário, da fome, do excesso de peso... Ih, lista sem fim!
Eu acredito cegamente no poder das primeiras frases com um desconhecido. São elas as responsáveis por uma possível amizade ou por aquela sensação de ai-que-sujeito-chato, uma antipatia quase eterna até que se prove o contrário. O mais curioso é que você tem a opção de ser simpático, falar oi, dar um sorrisão, mas decide engatar uma reclamação nada a ver. Ainda com o gostinho da Copa apesar dos pesares, é mais ou menos como chegar como a seleção da Inglaterra, reclamando da “selva que é o Brasil” quando você poderia chegar como a seleção alemã e até gravar um clipe ao som de Tieta com os melhores momentos no nosso país.
A gente só é feliz quando consegue apreciar e dar valor aos pequenos momentos alegres. Exemplo: você tem um dia péssimo com trânsito, chuva, ligações de telemarketing, seu time perde de sete gols, enfim, perrengues que fazem parte da vida de todo mundo, vai. Mas almoça a refeição mais saborosa do mundo, toma uma cervejinha loucamente gelada no happy hour (aliás, é impressionante o número de gente que usa o happy hour pra falar das suas misérias)... E aí? Continua reclamando das chatices ou se rende à delícia de um momento de prazer. No final do dia, nosso quociente de felicidade é decidido por nós mesmos. A gente é que dá o peso certo (ou errado) aos acontecimentos do dia e vai engordando a memória das alegrias.
Minha conta funciona assim: eu acordo com o copo quase cheio de alegria, tipo uns 3/4 mesmo. Tudo o que vai acontecendo de bom, eu acrescento ao copo. E quando eu falo tudo, é tudo mesmo, das frases bem escritas de um livro ao gato da vizinha se enroscando nas minhas pernas antes de eu ir para o trabalho. Às vezes, preciso tirar umas gotas por uma ou outra chatice, ok, acontece. Mas tomo todo o cuidado do mundo de não deixar o copo esvaziar demais.
Talvez falte um pouco (muito?) de equilíbrio às pessoas pra fazer sua própria equação de felicidade. Por isso, tanta reclamação pessoalmente, nas redes sociais ou no jeito de olhar mesmo. E reclamações provocadas por mais reclamações, um ciclo vicioso chatíssimo. Não acho normal. É por essa falta de atitude e excesso de preguiça que muita gente coloca a própria felicidade na mão dos outros: do namorado, da esposa, do time, dos amigos. É por isso que eu adoro tanto esses versos de You Can't Always Get What You Want, dos Rolling Stones: "You can't always get what you want / But if you try sometimes, yeah / You just might find you get what you need" ("Você nem sempre pode conseguir o que quer / Mas se você tentar de vez em quando / Pode acabar encontrando tudo de que precisa")!
Encontrar e dar valor às coisas de que você precisa não parece ser uma tarefa tão impossível, vai...
Eu acredito cegamente no poder das primeiras frases com um desconhecido. São elas as responsáveis por uma possível amizade ou por aquela sensação de ai-que-sujeito-chato, uma antipatia quase eterna até que se prove o contrário. O mais curioso é que você tem a opção de ser simpático, falar oi, dar um sorrisão, mas decide engatar uma reclamação nada a ver. Ainda com o gostinho da Copa apesar dos pesares, é mais ou menos como chegar como a seleção da Inglaterra, reclamando da “selva que é o Brasil” quando você poderia chegar como a seleção alemã e até gravar um clipe ao som de Tieta com os melhores momentos no nosso país.
A gente só é feliz quando consegue apreciar e dar valor aos pequenos momentos alegres. Exemplo: você tem um dia péssimo com trânsito, chuva, ligações de telemarketing, seu time perde de sete gols, enfim, perrengues que fazem parte da vida de todo mundo, vai. Mas almoça a refeição mais saborosa do mundo, toma uma cervejinha loucamente gelada no happy hour (aliás, é impressionante o número de gente que usa o happy hour pra falar das suas misérias)... E aí? Continua reclamando das chatices ou se rende à delícia de um momento de prazer. No final do dia, nosso quociente de felicidade é decidido por nós mesmos. A gente é que dá o peso certo (ou errado) aos acontecimentos do dia e vai engordando a memória das alegrias.
Minha conta funciona assim: eu acordo com o copo quase cheio de alegria, tipo uns 3/4 mesmo. Tudo o que vai acontecendo de bom, eu acrescento ao copo. E quando eu falo tudo, é tudo mesmo, das frases bem escritas de um livro ao gato da vizinha se enroscando nas minhas pernas antes de eu ir para o trabalho. Às vezes, preciso tirar umas gotas por uma ou outra chatice, ok, acontece. Mas tomo todo o cuidado do mundo de não deixar o copo esvaziar demais.
Talvez falte um pouco (muito?) de equilíbrio às pessoas pra fazer sua própria equação de felicidade. Por isso, tanta reclamação pessoalmente, nas redes sociais ou no jeito de olhar mesmo. E reclamações provocadas por mais reclamações, um ciclo vicioso chatíssimo. Não acho normal. É por essa falta de atitude e excesso de preguiça que muita gente coloca a própria felicidade na mão dos outros: do namorado, da esposa, do time, dos amigos. É por isso que eu adoro tanto esses versos de You Can't Always Get What You Want, dos Rolling Stones: "You can't always get what you want / But if you try sometimes, yeah / You just might find you get what you need" ("Você nem sempre pode conseguir o que quer / Mas se você tentar de vez em quando / Pode acabar encontrando tudo de que precisa")!
Encontrar e dar valor às coisas de que você precisa não parece ser uma tarefa tão impossível, vai...
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