RITO E TRANSFORMAÇÃO [Heloisa Reis]
“Ascender ao espírito em sua forma de idéia é entregar-se ao imutável na eterna e permanente transformação.” (Goethe)
Nosso vínculo com o mundo em que vivemos manifesta-se das mais diversas maneiras e diferentemente em cada ser, mas a natureza humana é sábia e o ser humano é na verdade tri-membrado em corpo, alma e espírito.
O corpo é o instrumento com o qual interagimos nesta esfera terrena, enquanto com a alma elaboramos e criamos um mundo interno, pleno de interações que trazem desconfortos, afinidades, repulsas, atrações, sem que nem nos demos conta... O espírito é a ligação entre corpo e alma e traz as sensações que levam a mudanças e a diferentes vivências.
A sociedade moderna – principalmente a Ocidental – costuma reagir negativamente à importância de determinados rituais – que na verdade são “pequenos ritos de passagem”. É como se demarcássemos nossos territórios internos – de acordo com a passagem do tempo ou de fatos - afirmando que transcendemos um estado e passamos para outro.
Da mesma forma como muitas vezes médicos e nutricionistas recomendam dietas alimentares para nos livrarmos de excessos de peso, as práticas feitas a partir de uma ótica espiritual e universalista têm como objetivo a libertação de pesos emocionais desnecessários e dos sofrimentos psíquicos decorrentes.
Nosso vínculo com o mundo em que vivemos manifesta-se das mais diversas maneiras e diferentemente em cada ser, mas a natureza humana é sábia e o ser humano é na verdade tri-membrado em corpo, alma e espírito.
O corpo é o instrumento com o qual interagimos nesta esfera terrena, enquanto com a alma elaboramos e criamos um mundo interno, pleno de interações que trazem desconfortos, afinidades, repulsas, atrações, sem que nem nos demos conta... O espírito é a ligação entre corpo e alma e traz as sensações que levam a mudanças e a diferentes vivências.
A sociedade moderna – principalmente a Ocidental – costuma reagir negativamente à importância de determinados rituais – que na verdade são “pequenos ritos de passagem”. É como se demarcássemos nossos territórios internos – de acordo com a passagem do tempo ou de fatos - afirmando que transcendemos um estado e passamos para outro.
Da mesma forma como muitas vezes médicos e nutricionistas recomendam dietas alimentares para nos livrarmos de excessos de peso, as práticas feitas a partir de uma ótica espiritual e universalista têm como objetivo a libertação de pesos emocionais desnecessários e dos sofrimentos psíquicos decorrentes.
Instalação “Do Barro ao
Rito”, Heloisa Reis
Um pedido de namoro pode parecer ultrapassado nestes
tempos de “ficar”, mas carrega um forte simbolismo na expressão do querer e do
aquiescer com o início de uma relação
que pode vir a se tornar consistente. Cerimônias de formatura, noivado, batizado ou casamento prestam-se ao
mesmo importante papel afirmativo de
confiança no futuro de um momento de definição. Nosso subconsciente é muito
sensível a estímulos e por isso os rituais são importantes.
Antigos rituais nada mais eram que uma forma de atrair as
formas celestes para o nível da alma,
atravessando o espírito e chegando ao corpo. Hoje, temos a tendência de afastar
essa natureza intrínseca para dar lugar ao sedutor sentido da visão com o
agravante de tender a se fixar apenas nas aparências.
Quando trazemos ao consciente outras dimensões em datas comemorativas religiosas, cívicas ou
pessoais, estamos abordando fronteiras
daquele reino das diferentes dimensões da consciência e da
inconsciência através da vivência.
A modernidade trouxe o
afastamento dos mitos tratando-os como se fossem ilusões da mente criativa do
homem , mas felizmente neste início de milênio
têm-se recuperado a noção de sua
importância por sua função, como
disse Joseph Campbell, de "levar adiante o espírito humano ".
Ao imortalizar
arquétipos, os mitos promovem nossa eterna transformação. E a Arte, assim como a
Filosofia, podem desempenhar esse papel
de religar o homem às suas origens e à sua ancestralidade, talvez mais do que
qualquer Religião.
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