ALVO >> Paulo Meireles Barguil
Cada pessoa é, ao mesmo tempo, atirador e alvo.
Iludidos com a crença da separação, acreditamos ser apenas o outro atingido pelo que externamos, mediante ações e/ou palavras, sejam elas agradáveis ou não.
Partilhamos – sabendo ou não, querendo ou não – o campo, que acolhe díspares energias.
Partilhamos – sabendo ou não, querendo ou não – o campo, que acolhe díspares energias.
É impossível não receber aquilo que – sabendo ou não, querendo ou não – propagamos.
Somos atingidos até pelo que – sabendo ou não, querendo ou não – calamos!
Às vezes, a flecha cai no chão...
Outras vezes, ela acerta, parcialmente, o objetivo.
Raras vezes, ela encontra o centro do alvo!
Nosso corpo é o arco que dispara a seta.
Após ser projetada, é quase impossível detê-la.
Para diminuir os arremessos desagradáveis lançados por nós e pelos outros, é necessário admitir que a motivação para tal permanece no sujeito...
O chamado erro, fracasso é inevitável: sem ele, o indivíduo não desenvolve suas habilidades, nem encontra o tesouro ignorado.
Isso não significa que precisamos ficar imóveis à ação do outro que – acreditamos – nos fere, por motivos diversos, sem cessar.
Todos temos – sabendo ou não, querendo ou não – o mesmo desafio: encontrar a haste sublime – o amor – e lançá-la continuamente para todos os alvos.
Todos temos – sabendo ou não, querendo ou não – o mesmo desafio: encontrar a haste sublime – o amor – e lançá-la continuamente para todos os alvos.
[Maranguape – Ceará]
[Foto de minha autoria. 03 de janeiro de 2019]
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