OUTRA PESCARIA >> Whisner Fraga
Até noticia em contrário, os peixes preferem o silêncio. E também não podemos considerar que são bobos ou imperitos. São peixes, como se sabe e, outras vezes,se desconfia. As entranhas de um rio são mistérios. De forma que recomendo um anzol adequado. Isto é, quando se tratar de tucunarés. Gosto de pescar tucunaré, porque é um bicho valente, rebelde. A isca também precisa estar de acordo com a dieta do danado. Gosto de levar uns lambaris ainda vivos para o barranco, o que tem agradado tanto pescadores quando pescados.
Silêncio. Quietude. A chumbada, quando alguém optar por uma, não deve ser encorpada. É sabido que as correntes carregam linhas para debaixo de pedras e de troncos, de forma que não convém que a chumbada chegue muito rapidamente ao fundo. Escolha um lambari vivo e o espete com o anzol. Afrouxe o molinete, deixe a linha correr à vontade. O lambari deve tentar encontrar o ninho dos peixes. Lance-o para todos os lados, recolha lentamente a linha, simulando o movimento de barbatanas.
E tenha paciência. Aguarde o bote, que pode ser que venha, pode ser que não.Se há tucunaré por ali e você fez tudo de acordo, a fisgada virá. Esquadrinhe o rio, teste vários pontos. São raras as águas sem peixe. E a pontada vem breve, normalmente somos pegos de surpresa, cochilando, pensando em nada, matutando. Você terá milésimo de segundo para reagir: ação e reação. Se perder o tempo, pode ser que o bicho fuja com o lambari entre os dentes.
Não se trata de sensibilidade, pois o baque é realmente pesado. A linha é tensionada, o caniço emborca, os sinais são evidentes. Ação e reação. Uma vez pego, continue calmo. Saboreie o feito. Deixe o tucunaré lutar, deixe o peixe tatear o rio. Ainda resta alguma esperança de fuga. Muitos pescadores experientes dizem que isso fará com que o bicho se canse. E trazer à tona uma criatura cansada é mais fácil. Observe o alvoroço na água.
Venha recolhendo a linha, até que você consiga avistar as escamas refletindo um sol impiedoso de meio de tarde. Nesta hora o peixe reconhecerá a derrota. Traga-o para a superfície e retire o anzol, sem pressa. Se puder utilizar um alicate para a tarefa, melhor. O tucunaré tentará uma última abordagem, se debatendo no casco do barco. Este movimento pode machucar alguém. É bom ter cuidado.
Às vezes tenho inveja do peixe.
Silêncio. Quietude. A chumbada, quando alguém optar por uma, não deve ser encorpada. É sabido que as correntes carregam linhas para debaixo de pedras e de troncos, de forma que não convém que a chumbada chegue muito rapidamente ao fundo. Escolha um lambari vivo e o espete com o anzol. Afrouxe o molinete, deixe a linha correr à vontade. O lambari deve tentar encontrar o ninho dos peixes. Lance-o para todos os lados, recolha lentamente a linha, simulando o movimento de barbatanas.
E tenha paciência. Aguarde o bote, que pode ser que venha, pode ser que não.Se há tucunaré por ali e você fez tudo de acordo, a fisgada virá. Esquadrinhe o rio, teste vários pontos. São raras as águas sem peixe. E a pontada vem breve, normalmente somos pegos de surpresa, cochilando, pensando em nada, matutando. Você terá milésimo de segundo para reagir: ação e reação. Se perder o tempo, pode ser que o bicho fuja com o lambari entre os dentes.
Não se trata de sensibilidade, pois o baque é realmente pesado. A linha é tensionada, o caniço emborca, os sinais são evidentes. Ação e reação. Uma vez pego, continue calmo. Saboreie o feito. Deixe o tucunaré lutar, deixe o peixe tatear o rio. Ainda resta alguma esperança de fuga. Muitos pescadores experientes dizem que isso fará com que o bicho se canse. E trazer à tona uma criatura cansada é mais fácil. Observe o alvoroço na água.
Venha recolhendo a linha, até que você consiga avistar as escamas refletindo um sol impiedoso de meio de tarde. Nesta hora o peixe reconhecerá a derrota. Traga-o para a superfície e retire o anzol, sem pressa. Se puder utilizar um alicate para a tarefa, melhor. O tucunaré tentará uma última abordagem, se debatendo no casco do barco. Este movimento pode machucar alguém. É bom ter cuidado.
Às vezes tenho inveja do peixe.
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