CAPA E ESPADA >> Analu Faria
Estamos cansados da crise política, do trabalho acumulado em cima da mesa, do domingo sem nada de interessante para fazer. Queremos filmes, queremos bons livros de ficção.E para que essa ficção não seja apenas uma cópia da nossa realidade, queremos seres mitológicos, queremos fantasia, faz de conta, queremos heróis de capa e espada.
Queremos mocinhos e mocinhas que sejam delicados, corajosos, impetuosos, justiceiros, sábios, divertidos, que gostem da vida, que não deem passos em falso — mas se derem, a gente perdoa —, que assumam suas fraquezas, que consigam rir dos próprios erros, que sejam do bem, e que tenham aqueles pequenos defeitos essenciais para que não os achemos chatos. E queremos que eles enfrentem monstros em terras distantes, bandidos sem escrúpulos, escroques, governantes corruptíveis, os poderosos indiferentes e os vizinhos que não dão “bom dia”.
Mais do que “enfrentar”, queremos que eles vençam. Depois de quase perderem. Depois de anos presos em masmorras ou em solitárias. Depois de, na prisão, perderem a vontade de contar os dias. Depois de perderem a fé e de esquecerem que já foram felizes. Queremos que nossos heróis vençam a pior escuridão que já se viu. E saiam dela maiores, melhores, mais fortes, como aqueles amigos que conseguem sair da depressão. Ou da faculdade de Engenharia.
Estamos cansados dos números da Economia e das barbaridades do Estado Islâmico. E de fanáticos por comida fit. E da falta de empatia. Precisamos urgentemente de nossos heróis. Ou de tirar as capas e espadas do armário.
Queremos mocinhos e mocinhas que sejam delicados, corajosos, impetuosos, justiceiros, sábios, divertidos, que gostem da vida, que não deem passos em falso — mas se derem, a gente perdoa —, que assumam suas fraquezas, que consigam rir dos próprios erros, que sejam do bem, e que tenham aqueles pequenos defeitos essenciais para que não os achemos chatos. E queremos que eles enfrentem monstros em terras distantes, bandidos sem escrúpulos, escroques, governantes corruptíveis, os poderosos indiferentes e os vizinhos que não dão “bom dia”.
Mais do que “enfrentar”, queremos que eles vençam. Depois de quase perderem. Depois de anos presos em masmorras ou em solitárias. Depois de, na prisão, perderem a vontade de contar os dias. Depois de perderem a fé e de esquecerem que já foram felizes. Queremos que nossos heróis vençam a pior escuridão que já se viu. E saiam dela maiores, melhores, mais fortes, como aqueles amigos que conseguem sair da depressão. Ou da faculdade de Engenharia.
Estamos cansados dos números da Economia e das barbaridades do Estado Islâmico. E de fanáticos por comida fit. E da falta de empatia. Precisamos urgentemente de nossos heróis. Ou de tirar as capas e espadas do armário.
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