BOAS FESTAS >> Sergio Geia
Ainda em novembro a gente olha e o vê chegando, mas ainda um pouco distante, sabe?, como a montanha escondida no nevoeiro; você a imagina perto, mas anda, anda e ela não chega, é apenas uma caricatura no horizonte. Mas também você sabe, ou tem a sensação que, embora distante, ele está mais perto, muito mais que ontem, e sabe também que o tempo voa na velocidade de uma nave alienígena, bem Independence Day, que o fim de semana voa, principalmente por ser apenas dois dias, ou dois dias e meio ― vamos contar a noite de sexta , e a semana seguinte também voa, e a próxima, e assim o tempo vai passando, como a água do rio que desce montanha abaixo, vai corroendo caminhos, deixando marcas, esbranquiçando fios, vincando a pele, e a juventude, a melhor fase da vida ― e não me venha com essa de dizer que a velhice é a melhor idade, ok? Conversa pra boi dormir; como não sou boi, não caio nessa ―, a juventude vai se tornando um ponto equidistante no horizonte, que ficou para trás, mas bem para trás mesmo.
E de repente, pombas, ele chegou!
As noites estão mais bonitas, principalmente mais quentes, iluminadas e alegres, as pessoas mais felizes e solidárias; na esquina, o bom velhinho recebe os pedidos da criançada, com sua veste pesada e vermelha ― bem Coca-Cola, inapropriada para o nosso verão, sua barba espessa e branca ― que horror as postiças, não? Meu caro Papai Noel, se você não tem uma barba natural, branca, que possa crescer, por favor, desista, vai procurar outro serviço, ok?
Quando criança, lembro que nessa época íamos pra cidade ― a gente tem mania de chamar de cidade o centro ― comprar presentes de Natal. Eu parava nas lojas, ficava namorando a bicicleta, às vezes sentava no banco e segurava o guidão, ou um novo jogo da Estrela; era um sonhar delicioso e pueril. E quando encontrava o Noel? Em cada esquina eu o procurava, ansioso, e quando se destacava aquela mancha vermelha ao longe? Nossa, o coração disparava!
Dizem que em dezembro os anjos, inclusive os mais poderosos, tipo Miguel e Gabriel, estão aí, visitando casas, guardando criancinhas, zelando por idosos, harmonizando famílias que brigam, resgatando corações. Ninguém vê, ninguém acredita. Os mais sensíveis, aqueles que ainda conseguem sentir o perfume das flores, percebem. Sem contar os anjos que agem pelo humano. Quantos anjos você já não encontrou em sua vida, hein?
Pois bem. O Natal chegou. E com ele todas as preocupações mundanas: presentes, roupas, ceia, viagens, sete pulinhos no mar.
Este ano, como no ano passado, e no outro, e no outro, vou passar em Taubaté mesmo, na casa da Roseli, com a família, comendo, bebendo, celebrando a vida, dando risadas, relembrando o passado, pegando no pé do Ricardinho do Pânico (gente, pra quem não sabe, o Ricardo é meu primo; ele deu um nó no Carioca e sua trupe; veja lá no YouTube e dê boas risadas), e à meia-noite, rezando juntos, de mãos dadas, vamos celebrar o Natal em nossos corações.
Grato pelo carinho, pelas palavras sempre gentis, pelo amor, pelos anjos que vocês foram em minha vida.
Saio de férias por um mês, isso significa que será um mês sem crônicas — Nossa! Será que consigo?
Ano que vem retornamos.
Beijos, feliz Natal e um mágico 2019!
A gente merece.
E de repente, pombas, ele chegou!
As noites estão mais bonitas, principalmente mais quentes, iluminadas e alegres, as pessoas mais felizes e solidárias; na esquina, o bom velhinho recebe os pedidos da criançada, com sua veste pesada e vermelha ― bem Coca-Cola, inapropriada para o nosso verão, sua barba espessa e branca ― que horror as postiças, não? Meu caro Papai Noel, se você não tem uma barba natural, branca, que possa crescer, por favor, desista, vai procurar outro serviço, ok?
Quando criança, lembro que nessa época íamos pra cidade ― a gente tem mania de chamar de cidade o centro ― comprar presentes de Natal. Eu parava nas lojas, ficava namorando a bicicleta, às vezes sentava no banco e segurava o guidão, ou um novo jogo da Estrela; era um sonhar delicioso e pueril. E quando encontrava o Noel? Em cada esquina eu o procurava, ansioso, e quando se destacava aquela mancha vermelha ao longe? Nossa, o coração disparava!
Dizem que em dezembro os anjos, inclusive os mais poderosos, tipo Miguel e Gabriel, estão aí, visitando casas, guardando criancinhas, zelando por idosos, harmonizando famílias que brigam, resgatando corações. Ninguém vê, ninguém acredita. Os mais sensíveis, aqueles que ainda conseguem sentir o perfume das flores, percebem. Sem contar os anjos que agem pelo humano. Quantos anjos você já não encontrou em sua vida, hein?
Pois bem. O Natal chegou. E com ele todas as preocupações mundanas: presentes, roupas, ceia, viagens, sete pulinhos no mar.
Este ano, como no ano passado, e no outro, e no outro, vou passar em Taubaté mesmo, na casa da Roseli, com a família, comendo, bebendo, celebrando a vida, dando risadas, relembrando o passado, pegando no pé do Ricardinho do Pânico (gente, pra quem não sabe, o Ricardo é meu primo; ele deu um nó no Carioca e sua trupe; veja lá no YouTube e dê boas risadas), e à meia-noite, rezando juntos, de mãos dadas, vamos celebrar o Natal em nossos corações.
Grato pelo carinho, pelas palavras sempre gentis, pelo amor, pelos anjos que vocês foram em minha vida.
Saio de férias por um mês, isso significa que será um mês sem crônicas — Nossa! Será que consigo?
Ano que vem retornamos.
Beijos, feliz Natal e um mágico 2019!
A gente merece.
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