VIDA >> Paulo Meireles Barguil
"– Tudo passa, tudo passará
E nossa estória não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz
Teremos coisas bonitas pra contar
Assim, sem final feliz
Teremos coisas bonitas pra contar
E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás -
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás -
Apenas começamos
O mundo começa agora -
Apenas começamos."
(Renato Russo, Metal contra as nuvens)
Às vezes, deslumbrante e sublime.
Outras vezes, devastadora e saqueadora.
Costuma chegar e sair sem anunciar.
Sua duração é incerta, embora sempre tenha prazo de validade.
Misteriosa, para uns.
Insensível, para outros.
E, de repente, pode ser misteriosa para outros e insensível para uns.
Ao longo de bilhões de anos, a despeito de oferendas e investigações, ela segue incólume a sua jornada.
Seu DNA permanece indecifrável: apenas alguns pequenos trechos foram interpretados.
O desconhecido é muito maior do que se acredita saber!
Vestida de transitória, ela disfarça a sua permanência.
Temos pistas do que podemos fazer para, por instantes, conservá-la ou dizimá-la.
Extraordinário aprendizado é aceitar, sem reclamar e com gratidão, o que ela, sem interrupção, nos oferece e retira.
Feliz é quem, sereno, sopra para a vida: "– Eis-me aqui!".
[Foto de minha autoria. 22 de maio de 2018]
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