SÃO SÓ TRÊS TAMPINHAS >> Eduardo Loureiro Jr.
Entrance os dedos das suas mãos, mas deixe os polegares livres. Apoie os polegares, perpendicularmente, no chão ou em alguma outra superfície plana. Você tem as traves. Libere um dos dedos indicadores, de modo que ele também encoste no chão e possa se movimentar para um lado e para o outro. Você tem o goleiro.
O outro jogador está sentado de frente para você. Ele tem os demais atletas: três tampinhas de garrafa, plásticas ou de metal, dispostas em um triângulo. O jogo pode começar.
O outro jogador, usando o dedo indicador, dá um peteleco em uma das tampinhas, de modo que ela passe entre as outras duas. Se a tampinha não passar entre as outras, ou se bater em uma das outras, o outro jogador perde a vez e entrega as tampinhas para você. Você desmonta a sua trave e ele monta a trave dele. É a sua vez de atacar.
Você move a tampinha entre as outras duas tampas, procurando se aproximar da trave do outro jogador. Você pode usar uma das mãos como anteparo para fazer uma tabela e facilitar a passagem da tampinha. Se o espaço entre as duas tampas for muito reduzido, você pode até simular um banho de cuia, um lençol, usando os dois dedos indicadores, um de cada lado da tampinha, para fazê-la subir, girar sobre as duas tampas e parar do outro lado.
Após alguns passes entre tampinhas, você pode arriscar um chute a gol. A tampinha ainda precisa passar entre as outras duas, mas você coloca mais força no peteleco para que ela passe também entre os dois polegares do outro jogador sem que o goleiro dele defenda. Se a bola entrar, você grita gol e fica feliz. O outro jogador desfaz a trave e faz cara feia. Se a bola bater na trave ou não entrar, você se lamenta enquanto o outro jogador sorri, desfaz a trave dele e rearruma as tampinhas para um novo ataque.
Na minha infância, o jogo acabava com a sineta do colégio, indicando o final do recreio. Hoje em dia, o jogo termina quando eu e o Enzo, meu sobrinho de seis anos, já estamos com os dedos, as costas e a bunda cansados. Tempo mais que suficiente para Sofia, minha sobrinha de dois anos, entrar de vez em quando no campo de jogo e gritar gol junto com a gente.
É um jogo econômico. São só três tampinhas que iriam para o lixo ou que virariam artesanato nas mãos criativas e habilidosas de minha mãe. São só três tampinhas, mas podem fazer você, o outro jogador e a pequena torcida felizes até que a sineta toque ou que os corpos cansem. São só três tampinhas. Experimente.
O outro jogador está sentado de frente para você. Ele tem os demais atletas: três tampinhas de garrafa, plásticas ou de metal, dispostas em um triângulo. O jogo pode começar.
O outro jogador, usando o dedo indicador, dá um peteleco em uma das tampinhas, de modo que ela passe entre as outras duas. Se a tampinha não passar entre as outras, ou se bater em uma das outras, o outro jogador perde a vez e entrega as tampinhas para você. Você desmonta a sua trave e ele monta a trave dele. É a sua vez de atacar.
Você move a tampinha entre as outras duas tampas, procurando se aproximar da trave do outro jogador. Você pode usar uma das mãos como anteparo para fazer uma tabela e facilitar a passagem da tampinha. Se o espaço entre as duas tampas for muito reduzido, você pode até simular um banho de cuia, um lençol, usando os dois dedos indicadores, um de cada lado da tampinha, para fazê-la subir, girar sobre as duas tampas e parar do outro lado.
Após alguns passes entre tampinhas, você pode arriscar um chute a gol. A tampinha ainda precisa passar entre as outras duas, mas você coloca mais força no peteleco para que ela passe também entre os dois polegares do outro jogador sem que o goleiro dele defenda. Se a bola entrar, você grita gol e fica feliz. O outro jogador desfaz a trave e faz cara feia. Se a bola bater na trave ou não entrar, você se lamenta enquanto o outro jogador sorri, desfaz a trave dele e rearruma as tampinhas para um novo ataque.
Na minha infância, o jogo acabava com a sineta do colégio, indicando o final do recreio. Hoje em dia, o jogo termina quando eu e o Enzo, meu sobrinho de seis anos, já estamos com os dedos, as costas e a bunda cansados. Tempo mais que suficiente para Sofia, minha sobrinha de dois anos, entrar de vez em quando no campo de jogo e gritar gol junto com a gente.
É um jogo econômico. São só três tampinhas que iriam para o lixo ou que virariam artesanato nas mãos criativas e habilidosas de minha mãe. São só três tampinhas, mas podem fazer você, o outro jogador e a pequena torcida felizes até que a sineta toque ou que os corpos cansem. São só três tampinhas. Experimente.
Comentários
O jogo é antigo, mas a maneira como foi desenvolvida a história foi muito inteligente e cativante.Parabens
Grato, Anônimo. :)