DÚVIDAS >> Paulo Meireles Barguil
Eu tinha acabado de me deitar.
Estava pronto para dormir: de lado, com o travesseiro entre as pernas e debaixo do lençol.
Tão logo fechei os olhos, indaguei-me: "Será que eu fechei a porta do chalé?".
Tentei ignorar a dúvida, mas, mesmo com sono, sabia que não seria possível.
Ela iria continuar lá e, provavelmente, não me deixaria dormir.
E, se concedesse esse privilégio, visitar-me-ia em forma de pesadelo.
Antes que tragédias, imaginárias ou reais, acontecessem, concluí, sem maiores delongas, que o melhor seria resolver, o quanto antes, a pendência.
Saí da cama, desci os degraus e, após alguns passos e outras luzes acesas, descobri a verdade.
Agora, sim, eu poderia repousar sossegado!
Ah, se as minhas outras dúvidas fossem tão simples e fáceis de resolver como essa...
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