(DES)ILUSÃO >> Paulo Meireles Barguil
Elas estão aí.
Mas é uma promessa vã, pois, em breve, cairão.
Nada há que eu possa fazer.
A Natureza tem suas regras, a despeito de eu não conhecê-las.
As bananinhas nascidas no umbigo, que é a flor da fruteira, não se desenvolvem.
E mais: elas roubam a seiva que poderia desenvolver as suas irmãs mais velhas.
O que precisamos extirpar ou manter para crescer?
Mas é uma promessa vã, pois, em breve, cairão.
Nada há que eu possa fazer.
A Natureza tem suas regras, a despeito de eu não conhecê-las.
As bananinhas nascidas no umbigo, que é a flor da fruteira, não se desenvolvem.
E mais: elas roubam a seiva que poderia desenvolver as suas irmãs mais velhas.
O adequado nessa situação é arrancar essa parte da bananeira, também conhecida como coração.
Não precisa jogar fora, pois é possível preparar algum quitute com ele.
Ilusão é não compreender o caráter transitório da existência, nem identificar o seu aspecto eterno.
Ilusão é não compreender o caráter transitório da existência, nem identificar o seu aspecto eterno.
O que precisamos extirpar ou manter para crescer?
Cultivar e celebrar a vida, em meio a tantos sons e imagens sedutores, são desafios cada vez maiores.
Ah, Maya, esses seus véus...
[Eusébio – Ceará]
[Foto de minha autoria. 06 de outubro de 2019]
Comentários
Adorei a comparação com as bananinhas e com essa ideia de que as vezes se precisa arrancar o coração. Isso só mostra que não temos controle de nada, que o controle é uma ilusão.
Na verdade, nos últimos tempos, tenho cada vez mais certeza que tudo é uma grande ilusão!