SÃO PAULO, 20 DE JULHO DE 2018 >> Sergio Geia
Sentei-me
à mesa para escrever a crônica que havia dias estava pensando. Ela,
como sempre, formava-se devagar na minha cabeça, completando-se aos
poucos, sem pressa. Eu, como um bom médico das letras, sentindo que
ela estava pronta, já me preparava para o parto quando me lembrei do
nosso último encontro aqui, no Crônica do Dia. Pensei: “esse
parto fica pra depois”, e que seria meu dever agora, falar alguma
coisa a respeito da semana que passei aqui em Sampa.
Para
você que não me leu na última quinzena, eu disse que iria para São
Paulo participar de uma oficina de crônicas. Pois é. Fui. E conheci
gente talentosíssima e bacana por lá, tipo João Rachid, Renan
Procópio, Ana Pimentel, Diego Martinez, Thais Barbeiro Lopes,
Clarissa Vilar, e a generosa nova-amiga Ivana Arruda Leite, que nos
aturou, conheceu nossos trabalhos, deu seus pitacos, melhorou nossos
textos.
Tínhamos
que escrever três crônicas por dia sobre temas diversos, inventados
na hora pela Ivana; depois, ler os trabalhos, e aguentar o tranco de
sua análise. Não foi fácil. Um desafio e tanto. Mas nos sentimos
desafiados e encaramos; e foi cada coisa linda que saiu.
Além
da oficina que fazia à noite, como um bom turista, dei umas voltas
por Sampa. Fui ao Masp (havia uma exposição superbacana lá chamada
“Histórias Afro-Atlânticas”), fui ao Museu do Futebol (vi gols,
muitos gols), ao Pacaembu, à Casa das Rosas (havia uma mostra de
parte da produção do poeta Guilherme Mansur), à Cantina Palestra
(enquanto tirava fotos, passou um desqualificado que gritou: “Sem
Mundial!”; pode isso, Arnaldo?), conheci um restaurante delicioso
na Frei Caneca, o Zeffiro (virei freguês), e alguns barzinhos na
região da Augusta, mas isso fica pra depois.
Hoje é só. Curtinha mesmo, mas estou aqui deixando Sampa e antes, queria dizer isso pra vocês. Sinto
que volto com o pensamento oxigenado, trazendo na bagagem novos
amigos, o início de uma gripe, e histórias para contar. Me
aguardem!
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